Por Carol Ribeiro (Diário do RN) e Saulo Vale
A prefeita de Parnamirim, Professora Nilda Cruz (Solidariedade), rompeu politicamente com a vice Kátia Pires (União Brasil).
A decisão se deu após vereadores alertarem Nilda de que ela estaria sendo vítima de uma armação para tirá-la do poder, através de um processo de impeachment, encabeçada pela sua vice.
A prefeita decidiu retaliar de forma contundente com as exonerações de secretários e pessoas próximas a Kátia.
A decisão de exonerar aliados da vice foi publicada em edição extra do Diário Oficial, atingindo Fábio Falcão de Miranda, secretário de Limpeza Urbana (SELIM) e marido de Kátia, Ana Carolina Carvalho de Lima Pires, secretária de Serviços Urbanos (SEMSUR) e filha de Kátia; Fabrício Lira Barbosa, assessor Especial na Secretaria de Obras Públicas (SEMOP).
A medida representou um recado claro: o espaço político de Kátia dentro da gestão acabou. O gesto de Nilda, duro e calculado, rompeu de vez a relação que até então tentava ser mantida sob aparência de normalidade.
O vereador Jonas Godeiro, da oposição, confirmou ao Diário do RN que a movimentação de Kátia chegou à Câmara.
“Eu acreditava que se tratava de uma disputa interna, mas infelizmente não é o caso. Entendo que o grupo político apoiado pela vice-prefeita tentou apresentar um pedido de impeachment, com o intuito de conseguir aprovação. Houve conversas de bastidores com diversos vereadores para viabilizar a aprovação do pedido, mas essas negociações não chegaram na Casa”, relatou.
Para Jonas, o episódio revela a fragilidade política da prefeita: “Ela está perdida, sem norte. Prometeu muito, mas é uma prefeita de rede social, lá tudo funciona, mas na realidade é totalmente diferente. Ainda não consolidou uma gestão eficaz, não tem articulação com a Câmara. A troca recente do líder do governo mostra essa falta de sintonia”.
Kátia Pires
A vice-prefeita, por sua vez, rejeita as acusações. Em entrevista ao Diário do RN, Kátia tentou rebater a versão de que teria tramado contra a prefeita. “Como é que eu preparo o impeachment com dois vereadores? Essas informações estão desencontradas”, afirmou.
Ela contou que não havia indícios de rompimento com a prefeita e que as exonerações a surpreenderam: “Minha filha, que é secretária, que agora volta a ser vereadora, tentou despachar com ela na sexta-feira. A prefeita disse que ia ver o horário, Carol insistiu no final da tarde, e até hoje estamos esperando essa ligação”.
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