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Curso de Medicina da Ufersa recebe nota máxima do MEC

O Curso de Medicina da Ufersa recebeu nota máxima na avaliação de regulação do Ministério da Educação – MEC.

Depois de uma semana in loco na universidade, a equipe de avaliadores atribuiu Conceito 5, um resultado pelo excelente desempenho da instituição nas dimensões de infraestrutura, organização didático-pedagógica, corpo docente e tutorial disponíveis para a formação dos futuros profissionais médicos.

Entre os pontos com maior destaque, o Relatório de Avaliação elenca a organização dos conteúdos ministrados em módulos – que difere do formato de disciplinas tradicionais. Essa proposta permite atividades e avaliações integradoras dos aspectos biológicos, psicológicos, históricos, sociais e ambientais do ser humano e de suas relações com o mundo.

No que se refere ao corpo docente, outra boa avaliação vem do envolvimento com pesquisa, ensino e extensão mantido pelos 58 professores do curso. “Esse corpo docente é relevante para a atuação profissional e acadêmica do discente, fomenta o raciocínio crítico com base em literatura atualizada”, descreve o relatório. Para alcançar esse resultado, os estudantes têm acesso a conteúdo de pesquisas de ponta, incentivo à produção do conhecimento por meio de grupos de tutoria, iniciação científica, TCC’s e publicações.

A estrutura oferecida pela universidade também foi um ponto preponderante para o curso atingir o conceito máximo. Neste sentido, merece pontuar o amplo acervo bibliográfico, disponível no formato físico e digital; os laboratórios didáticos e os direcionados ao ensino para a área da saúde; laboratórios de habilidades e biotérios. A instituição também mantém convênio com três hospitais, nos quais os discentes fazem práticas do internato, e parceria com o município para o desenvolvimento de atividades nas Unidades Básicas de Saúde durante todo curso.

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A dois meses do fim do prazo, artistas cobram editais da Aldir Blanc

Por Diego Cabó — Da Agência HiperLAB/Uern

Faltando pouco mais de dois meses do prazo final para a execução da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), Estado e prefeituras do Rio Grande do Norte mostram pouco avanço na aplicação dos recursos federais destinados à cultura, o que tem deixado apreensiva a classe artística. Mossoró, a segunda maior beneficiária dos recursos no estado, acumula quase 2 milhões de reais (R$ 1.824.722,00) em conta desde o dia 5 de dezembro de 2023. Cerca de um ano depois, nenhum edital de distribuição desses recursos foi lançado. Procurado pela reportagem, o Ministério da Cultura afirmou que os valores da PNAB devem ser executados até 31 de dezembro de 2024, caso contrário, os estados e municípios perderão a verba, não havendo previsão de prorrogação.

Sancionada em 8 de julho de 2022, a Lei nº 14.399, mais conhecida como Lei Aldir Blanc 2 ou Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), é uma política nacional destinada a fomentar a atividade cultural nos próximos cinco anos em todos os estados e municípios brasileiros. A previsão é de um repasse anual de cerca de R$ 3 bilhões para o setor até 2027, com o objetivo de financiar e estimular iniciativas culturais, além de garantir a manutenção de espaços culturais e democratizar o acesso à cultura.

Para aderir ao programa, os entes federativos precisam solicitar e apresentar um plano de ação que definirá o destino dos recursos. O valor repassado pelo governo federal é distribuído entre estados e municípios, obedecendo a critérios de rateio baseados na população de cada ente e nos fundos de participação, como o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

De acordo com dados do Ministério da Cultura, dos 26 estados e do Distrito Federal, 21 ainda não utilizaram os recursos disponíveis. Os demais executaram menos de 15% dos valores disponibilizados pelo governo federal. A Paraíba lidera a aplicação dos recursos, com 12,06%, seguido de Goiás(7,46%), Acre (4,65%), Distrito Federal(4,43%), Rio Grande do Norte (0,39%) e Minas Gerais (0,30%).

A reportagem tentou contato com a Secretaria de Cultura de Mossoró mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. Recorremos à Lei de Acesso à Informação em 3 de setembro. A Prefeitura de Mossoró não respondeu sobre a atual situação do Plano Anual de Aplicação de Recursos (PAAR). O município descumpriu a Lei nº 12.527, que garante o direito de acesso à informação, ao não fornecer resposta dentro do prazo legal de 20 dias, prorrogável por mais 10.

O Plano Anual de Aplicação de Recursos (PAAR) do município, submetido em 23 de julho de 2024, já obteve a aprovação do Ministério da Cultura. No entanto, a verba de R$ 1.824.722, a segunda maior destinada a um município do Rio Grande do Norte, permanece indisponível, uma vez que a prefeitura ainda não publicou os editais para sua aplicação. Consequentemente, diversos produtores culturais aguardam a oportunidade de implementar seus projetos na cidade.

Em relação aos estados, o governo do Rio Grande do Norte recebeu R$ 29.615.770,04 da PNAB em 14 de dezembro de 2023. O valor, aplicado em um fundo de investimento do Banco do Brasil, gerou um acréscimo de R$ 1.665.248,89 em rendimentos até a data desta reportagem, totalizando R$ 31.350.127,77 No entanto, apenas R$ 123.869,88 foram utilizados na execução do programa, o que corresponde a apenas 0,39% do total.

Em 8 de agosto, a Secretaria Estadual de Cultura anunciou a submissão do PAAR ao Ministério da Cultura. Segundo a secretaria, mais de 21 editais serão lançados ao longo do ano; no entanto, até o momento, nenhum deles foi divulgado. A reportagem procurou a SECULT para comentar sobre o assunto, mas não obteve retorno.

Baixa execução em todo o RN

Afalta de aplicação dos recursos também se manifesta em nível municipal. Dos R$ 26.946.298 destinados às prefeituras do Rio Grande do Norte, apenas R$ 1.162.503 foram utilizados até o momento. Dos 167 municípios do estado, apenas 51 utilizaram parte ou a totalidade dos recursos; os demais 116 ainda não aplicaram os valores, que permanecem em contas do Banco do Brasil. Entre os municípios que já iniciaram a aplicação dos recursos, apenas Patu utilizou a totalidade do valor disponibilizado pelo governo federal, seguido por:

Senador Elói de Souza (99,98%), São Tomé (99,95%), Lagoa de Pedras (99,95%),São Rafael (99,88%), Rio do Fogo (99,64%), Montanhas (99,61%), Serra Negra do Norte (99,35%), Lagoa d’Anta (96,78%), Passagem (96,26%), São José do Seridó (96,16%), Sítio Novo (96%), Carnaúba dos Dantas (95,75%), Japi (95,61%), Tibau (93,84%), Jardim de Piranhas (92,75%), João Dias (89,63%), Timbaúba dos Batistas (89,13%), Grossos (82,11%), São Miguel (82%), Alexandria (74,62%), Frutuoso Gomes (63,36%), Bom Jesus (63,16%), Campo Redondo (61,07%), Ipanguaçu (52,78%), João Câmara (50,24%), Pedro Velho (48,84%), Francisco Dantas (48,40%), Tangará (48,15%), Natal (46,39%), Messias Targino (45,30%), São João do Sabugi (44,47%), Major Sales (38,75%), Pureza (36,40%) Tenente Ananias (35,82%), Extremoz (35,49%) Jardim do Seridó (32,98%), Pedra Preta (28,97%), Pau dos Ferros (27,96%), Riachuelo (27,90%), Doutor Severiano (27,51%), Monte Alegre (27,42%), Luís Gomes (27,02%), Touros (24,74%) Guamaré (23,22%), Marcelino Vieira (20,41%), Mossoró* (6,67%), Olho-D’água do Borges (4,79%), Almino Afonso (4,79%), São José de Mipibu (2,83%) e Ceará-Mirim (0,39%).

É importante ressaltar que, de acordo com os dados do portal governamental Fundo a Fundo, parte dos recursos destinados ao Município de Mossoró foi bloqueada judicialmente. Por isso, o valor disponibilizado pelo Ministério da Cultura pode não corresponder ao valor efetivamente utilizado pelo município.

Desses municípios, Natal foi o que recebeu o maior aporte de recursos, R$ 5.399.779,00 (Valor utilizado: 46,39%) seguido de:

2º — Mossoró (R$ 1.824.732,00) — Valor utilizado: 6,67%

3º — Parnamirim (R$ 1.754.755,00) — Valor utilizado: 0,00%

4º — São Gonçalo do Amarante (R$ 826.513,00) — Valor utilizado: 0,00%

5º — Macaíba (R$ 602.876,00) — Valor utilizado: 0,00%

6º — Ceará-Mirim (R$ 576.186,00) — Valor utilizado: 0,39%

7º — Extremoz (R$ 464.264,00) — Valor utilizado: 35,49%

8º — Caicó (R$ R$ 461.756,00) — Valor utilizado: 0,00%

9º — Açu (R$ 425.941,00) — Valor utilizado: 0,00%

10º — São José de Mipibu (R$ 363.151,00) — Valor utilizado: 2,83%

A relação completa pode ser consultada a partir do site: https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/pnab/painel-de-dados-pnab

Ainda de acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério, apenas 159 municípios enviaram o Plano Anual de Aplicação dos Recursos (PAAR), e 120 enviaram o Relatório de Gestão.

Artistas cobram agilidade

Palco de espetáculos tradicionais ao longo do ano, Mossoró corre o risco de perder quase dois milhões de reais em recursos federais destinados ao fomento da cultura local, em virtude da morosidade da administração pública.

Fundamental para a elaboração do Plano Anual de Aplicação de Recursos (PAAR), a escuta pública realizada no dia 21 de maio na Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte resultou na aprovação das alterações sugeridas pela comunidade quanto à destinação dos recursos. Com base nas sugestões recebidas, o Município apresentou as seguintes propostas:

Ações Gerais no valor de R$ 1.373.698,66, sendo: R$ 68.427,45 para custos operacionais, R$ 1.000.000,00 para fomento cultural e R$ 300.000,00 para obras, reformas e aquisição de bens culturais. O município destinou ainda R$ 456.304,62 para a implementação da Política Nacional de Cultura Viva (Lei Nº 13.018/2014), com o objetivo de fomentar as redes de Pontos de Cultura por meio de Termos de Compromisso Cultural e prêmios, além da concessão de bolsas para Agentes de Cultura Viva.

Para Nonato Santos, diretor artístico da Cia Escarcéu de Teatro, que trabalha com produção cultural há mais de 50 anos, os recursos da PNAB são de suma importância, tanto para impulsionar a produção artística local quanto para garantir a sobrevivência de diversos grupos. ‘’É uma política necessária para que os grupos continuem a fazer suas produções. Muitos grupos, sem esses editais, não conseguem produzir’’, afirmou. De acordo com ele, além dos altos custos de produção e do retorno financeiro limitado à bilheteria, que não é suficiente para recuperar os investimentos, os próprios espaços disponíveis para essas produções cobram valores inacessíveis para boa parte dos produtores culturais.

Nonato Santos, diretor artístico da Cia Escarcéu de Teatro

Nonato também critica os valores disponibilizados nos editais. Os recursos sempre são abaixo do que precisamos para produzir nossos espetáculos”, afirma. Além disso, a burocratização de todo o processo impede o acesso dos pequenos produtores a esses recursos. Eles tratam todo mundo como se fossem grandes empresas. Como se nós, artistas independentes ou grupos pequenos, tivéssemos contador, advogado, enfim, toda uma equipe que as grandes empresas dispõem. É uma prestação de contas muito burocratizada, a começar pelo edital. São muitos documentos que você precisa apresentar para concorrer. E quando você, porventura, é contemplado, tem outra quantidade de documentos que você precisa enviar”, desabafa.

Para ele, o atraso na publicação de editais como o da PNAB afeta diretamente a execução dos projetos. “Você deixa de executar projetos que, na sua grande maioria, têm prazo para acontecer. Às vezes, são projetos pensados para determinadas épocas do ano, porque vão atender a um determinado público e a uma determinada demanda, e você acaba sendo atropelado pelo descaso”, conclui.

Diêgo Cabó é estudante do 3º período do curso de Jornalismo da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). Reportagem produzida para a Agência HiperLAB de Reportagem, ação de extensão do curso de Jornalismo da Uern.

Coordenação: Professor Esdras Marchezan.

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Governo federal anuncia investimentos de R$ 600 milhões no RN

Cumprindo agenda em Natal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (16) um conjunto de obras e ações. São investimentos nas áreas de saúde, educação, agricultura, infraestrutura viária, mobilidade urbana, portos e assistência social, totalizando R$ 600 milhões.

Na área do saneamento básico, a Caern assinou contratos de financiamento com o Banco do Nordeste, no valor de R$ 327,5 milhões, para obras de esgotamento sanitário em Natal, Assu, Parnamirim e São Paulo do Potengi. Outra obra é a do esgotamento sanitário da cidade de Apodi, projeto no valor de R$ 52 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3) e contrapartida da Caern.

Também foi autorizada a construção de dois empreendimentos habitacionais em Natal – os residenciais Água Marinha e Lagoa Azul 2 -, marcando, assim, a retomada do programa Minha Casa Minha Vida no RN. O Água Marinha terá 176 imóveis; o Lagoa Azul, 224. Ambos são destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social, segundo o ministro das Cidades, Jader Filho.

Na segunda-feira (14), em reunião com a superintendência da Caixa Econômica Federal, a governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou a reativação do Pró-Moradia, programa habitacional de interesse social gerido pela Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento (Cehab) e voltado para a construção de casas destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade social.

Fátima destacou ainda a parceria com o governo federal para a construção de 2.487 cisternas em 28 municípios e as grandes obras que garantirão o abastecimento de água no interior do Estado por 50 anos – como os sistemas de adutoras e o ramal do Apodi da Transposição – e renovou o convite ao presidente Lula para inauguração do complexo Oiticica, no final deste ano.

“Só não sabe o valor que tem em uma cisterna quem nunca teve problema com água. Precisamos voltar a ser humanistas, estender a mão para aqueles que tem poucas oportunidades na vida. O Brasil pode ser um país muito melhor. Por isso, Fátima, não faltará apoio para seu governo”, disse o presidente Lula.

A solenidade foi realizada na Escola de Governo, com a presença dos ministros Renan Filho (Transportes), Wellington Dias, (MDR), Jader Filho (Cidades),  Camilo Santana (Educação), Sílvio Costa (Portos e Aeroportos; Márcio Macêdo, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República e do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara.

No ato de assinatura das obras das defensas de proteção da Ponte Newton Navarro para permitir a entrada de navio de maior porte no Porto de Natal, o ministro Sílvio Costa Filho manifestou apoio à Parceria Público-Privada para construção do Porto-Indústria Verde, em Caiçara do Norte e adiantou que em novembro, o presidente Lula assinará a ordem de serviço do Aeroporto Governador Dix-sept Rosado, em Mossoró, investimentos em R$ 60 milhões.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que em novembro será publicado o edital de licitação das obras de duplicação da BR-304 na área urbana de Macaíba e do viaduto de acesso ao aeroporto da Grande Natal. “Outra obra importante é a duplicação da BR-304, Natal a Mossoró. Essa obra será iniciada no governo do presidente Lula, no próximo ano. Vamos tornar realidade esse sonho”, garantiu o ministro

Educação Profissional

Durante a solenidade, o ministro Camilo Santana anunciou a federalização de três unidades dos Institutos Estaduais de Educação Profissional (IERNs), que passarão a integrar a rede dos Institutos Federais do Rio Grande do Norte (IFRNs). As novas unidades estão localizadas nos municípios de Touros, São Miguel e Umarizal, com obras em estágio avançado de execução e recursos investidos pelo Governo do RN no valor de R$ 33,5 milhões.

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