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Utilidade Pública

Águas da transposição do Rio São Francisco estão a um passo do RN

Quarenta quilômetros.

É essa a distância que falta para as águas da transposição chegarem ao Rio Grande do Norte, inaugurando uma nova era na segurança hídrica do Seridó, uma das regiões com maior dificuldade para garantir o abastecimento da população, apesar da grande concentração de reservatórios públicos e privados construídos no século passado.

De acordo com informações atualizadas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, no início da tarde desta terça-feira (12), a água que segue por gravidade pelo leito do Rio Piranhas, estava no Lajão do Sítio Queimado, no município de Paulista/PB, a 40 quilômetros da divisa da Paraíba com o Rio Grande do Norte.

Com 17 municípios, área territorial de 7 mil quilômetros quadrados e baixa pluviosidade, o Seridó tem hoje 200 mil habitantes. É por lá que as águas do São Francisco entrarão no RN para reforçar os estoques das duas maiores barragens do Estado: a Armando Ribeiro e a recém-inaugurada Oiticica, pontos de captação de adutoras que entram em funcionamento no primeiro semestre do próximo ano.

Quando o sistema adutor do Seridó estiver em pleno funcionamento, situações como a que ocorreu em 2017 figurarão nos livros de história como símbolo de um passado que dificilmente se repetirá. Naquele ano, a seca impossibilitou a recarga dos açudes colapsando o abastecimento na região.

“Estamos marchando na direção de nossa maioridade no que diz respeito à questão da segurança hídrica. A passos largos, estamos passando de ações reativas, até então adotadas, para uma gestão preventiva, planejada, segura. São as primeiras águas que chegam dentro dessa perspectiva”, destaca o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Paulo Lopes Varella.

No novo modelo não há espaço para improvisos. Paulo lembra que o processo de aquisição da água que está chegando esta semana ao Rio Grande do Norte foi iniciado no ano passado, quando o Instituto de Gestão das Águas do Estado do RN (IGARN) e a Semarh apresentaram o plano operativo ao Ministério da Integração, levando em conta a melhor estratégia para o transporte dela pelos canais da transposição. “A partir de agora, temos condições de planejar a vinda da água para cá, de acordo com as nossas necessidades”, diz ele.

Nessa etapa, são 47 milhões de metros cúbicos, volume suficiente para encher um reservatório do porte do Açude Gargalheiras, em Acari, ou da Barragem das Traíras, em Jardim do Seridó. O plano operativo para 2026, em processo de elaboração pelos técnicos do governo do RN, prevê um volume duas vezes maior.

“A chegada das águas do PISF [Projeto de Integração do Rio São Francisco], de forma planejada e permanente no RN, busca minimizar os efeitos das mudanças climáticas que impactarão diretamente as populações mais vulneráveis do semiárido. Significa aumento da segurança hídrica, integração de políticas públicas, inclusão social e produtiva, dignidade humana, emprego, geração e distribuição de renda, segurança e soberania alimentar”, assegura o diretor geral do Igarn, Procópio Lucena.

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Cultura

Feira do Livro recebe lançamento de obra sobre preconceito contra o Nordeste

A Feira do Livro de Mossoró será palco, na quinta-feira (14), às 19h30, do lançamento de “Só sei que foi assim: a trama do preconceito contra o povo do Nordeste”, de Octávio Santiago, publicado pela Autêntica no final de maio.

A programação inclui um bate-papo sobre o tema com os jornalistas Rilder Medeiros e João Paulo Cirilo. A obra investiga as raízes históricas e culturais que sustentam o preconceito contra nordestinos, analisando como narrativas e estereótipos se formaram e continuam a moldar o olhar do Brasil sobre a região.

Lançado em São Paulo, durante a Feira do Livro, o trabalho ganhou repercussão nacional e esgotou sua primeira tiragem em apenas 29 dias. Nas três primeiras semanas, também figurou entre os mais vendidos da Amazon.

O encontro em Mossoró promete aprofundar o debate e abrir espaço para reflexões sobre identidade, memória e resistência cultural no Nordeste.

O autor mossoroense João Almino, único potiguar a integrar a Academia Brasileira de Letras e grande homenageado da edição 2025 da Feira do Livro de Mossoró, escreveu a orelha do livro.

Sobre o autor

Octávio Santiago é jornalista e doutor em Ciências da Comunicação. Pesquisador nas áreas de estereótipos, identidade e pertencimento, é servidor de carreira da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do RN.

É autor de “Só sei que foi assim: a trama do preconceito contra o povo do Nordeste” e de “Coisa fraca no sal não prospera” (escribas).

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Economia

Alimentação e bebidas registram queda de preço no 2º mês seguido

Divulgado nesta terça-feira, 12 de agosto, pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aponta que, pelo segundo mês seguido, o grupo Alimentação e bebidas, que tem o maior peso no índice, ficou negativo em julho, tendo apresentado variação de -0,27% na passagem de junho para julho, assim como os grupos Vestuário (-0,54%) e Comunicação (-0,09%). No Vestuário, destacam-se as roupas feminina (-0,98%) e masculina (-0,87%).

A queda no sétimo mês do ano no grupo Alimentação e bebidas foi impulsionada pela alimentação no domicílio, que caiu 0,69% na passagem de junho para julho, com destaque para as quedas da batata-inglesa (-20,27%), da cebola (-13,26%) e do arroz (-2,89%).

Com a redução no preço de alimentos importantes na cesta de consumo das famílias, além de outros setores, o resultado do IPCA em julho ficou em 0,26%. Sem a contribuição dos alimentos, a inflação seria de 0,41%.

Em julho de 2024, a variação havia sido de 0,38%. No ano de 2025, o IPCA acumula alta de 3,26% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,23%, abaixo dos 5,35% dos 12 meses imediatamente anteriores.

TRANSPORTES E COMBUSTÍVEIS – Os combustíveis recuaram 0,64% em julho, com quedas nos preços do etanol (-1,68%), do óleo diesel (-0,59%), da gasolina (-0,51%) e do gás veicular (-0,14%). Já o grupo Transportes acelerou de junho (0,27%) para julho (0,35%), impulsionado pela alta nas passagens aéreas (19,92% e 0,10 p.p.).

ALIMENTAÇÃO FORA DO DOMICÍLIO – Ao contrário da alimentação no domicílio, a alimentação fora do domicílio registrou variação de 0,87% em julho, frente ao 0,46% de junho. O subitem lanche acelerou de 0,58% em junho para 1,90% em julho, e a refeição saiu de 0,41% em junho para 0,44% em julho. Os demais grupos de produtos e serviços pesquisados ficaram entre o 0,91% de Habitação e o 0,02% de Educação.

HABITAÇÃO E ENERGIA ELÉTRICA – Em julho, o grupo Habitação registrou alta de 0,91% impulsionado pela variação de 3,04% na energia elétrica residencial, subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,12 p.p.). A alta reflete o reajuste de 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo (10,56%), vigente desde 4 de julho; 1,97% em Curitiba (2,47%), desde 24 de junho; 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre (1,48%), a partir de 19 de junho; e redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro (0,71%), a partir de 17 de junho. Vale ressaltar que, em julho, permanecia vigente a bandeira tarifaria vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos.

JOGOS DE AZAR – Com a segunda maior variação e impacto no mês de julho, a alta do grupo Despesas pessoais (0,76 % e 0,08 p.p.) foi impulsionada pelo reajuste, a partir de 9 de julho, nos jogos de azar (11,17% e 0,05 p.p.).

SAÚDE E CUIDADOS PESSOAIS – No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,45%) destacam-se as altas nos itens de higiene pessoal (0,98%) e no plano de saúde (0,35%), que reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para os planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o percentual é de até 6,06%, com vigência a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026. Para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, a depender do plano.

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Política

Prefeitura decreta luto de três dias pelo falecimento de Elviro Rebouças

A Prefeitura de Mossoró publicou nesta segunda-feira (11), no Diário Oficial de Mossoró (DOM), o decreto n° 7.407, declarando luto oficial de três dias pelo falecimento do ex-vereador e empresário mossoroense Elviro do Carmo Rebouças.

Elviro também era economista e ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL).

Ele faleceu após meses de internação por complicações do vírus H1N1.

A Prefeitura lamentou o falecimento e se solidarizou com toda a família e amigos de Elviro. Em sinal de respeito, as bandeiras do Palácio da Resistência e secretarias estão a meio-mastro por luto oficial.

As atividades administrativas serão mantidas durante os dias de luto oficial no município

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Utilidade Pública

Marcha Mundial das Mulheres organiza Dia D de votação

A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) está na linha de frente da mobilização pelo Plebiscito Popular 2025 no Rio Grande do Norte, em parceria com diversos movimentos sociais e organizações populares.

A iniciativa nacional busca ouvir e mobilizar diretamente a população sobre duas pautas centrais para a classe trabalhadora: o fim da escala 6×1 com redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário, e a taxação dos super-ricos com isenção de impostos para quem ganha até R$ 5 mil.

No RN, a mobilização já acontece em diversos municípios com pontos de votação presencial e ações de rua.

Em Mossoró, a MMM organiza o Dia D da votação em 13 de agosto, com urnas disponibilizadas nos bairros Belo Horizonte, Nova Vida, Sumaré, Jucuri, Mulunguzinho e outros pontos da cidade.

Além de Mossoró, o Dia D também contará com mobilizações nos municípios de Apodi, Assú, Alto do Rodrigues, Baraúna, Caicó, Caraúbas, Galinhos, Itaú, Natal, Rodolfo Fernandes, São Miguel do Gostoso e Upanema.

A votação segue aberta até o dia 7 de setembro, podendo ser realizada presencialmente, em pontos organizados pelos movimentos sociais, ou de forma online, por meio de urnas cadastradas.

A expectativa é reunir milhões de votos e apresentar os resultados ao presidente Lula (PT), ao Congresso Nacional e ao STF, como demonstração da força e da urgência dessas reivindicações da classe trabalhadora. A ação é articulada por diversos movimentos sociais, sindicais e organizações populares em todo o país.

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