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Capitão Styvenson pode ter candidatura rifada pelo próprio partido

Militar recebe ultimato do partido

Foto: Reprodução/Crédito não identificado

O partido Rede Sustentabilidade emitiu uma longa e dura nota sobre a candidatura do Capitão Styvenson Valentim (Rede) ao Senado Federal.

O motivo: A legenda não tem gostado do discurso do militar, longe do alinhamento partidário da Rede, mostra a nota, principalmente no que se refere a não declarar apoios aos demais candidatos da legenda.

“Cabe salientar que, em tempos sombrios em que conquistas sociais e a democracia estão em risco, a Rede Sustentabilidade não abre mão de discursos e práticas políticas que estejam alinhados com os ideais partidários, com a figura de Marina Silva – pessoa ética, sem qualquer envolvimento com escândalos de corrupção – e com os candidatos majoritários do partido: Freitas Júnior, candidato ao governo, Flávio Rebouças, candidato a vice-governador e Napoleão, candidato ao Senado. Desse modo, a Rede Sustentabilidade repudia a deturpação da candidatura cidadã feita pelo militar, assim como sua omissão no que tange à gestão do governo de Robinson Faria, afirma.
Em outro trecho, o partido dá um ultimato ao Capitão: “Desse modo, toda e qualquer candidatura dentro do partido precisa coadunar com o que foi exposto nesta carta, sob risco de ter a sua manutenção desabonada”.
Leia a nota na íntegra:

Carta Aberta Rede Sustentabilidade


Diante do que vem sendo divulgado na mídia na última semana, sobre a candidatura do capitão Styvenson, a Rede Sustentabilidade do Rio Grande do Norte vem a público expor a verdade dos fatos.

No período de pré campanha eleitoral, o capitão Styvenson Valentim procurou a executiva da Rede Sustentabilidade para se filiar ao partido. O militar optou pela candidatura cidadã: uma inovação política que permite a qualquer cidadão, membros de movimentos de renovação política, partidos sem registro na justiça eleitoral e figuras com atuação destacada na sociedade possam disputar um pleito eleitoral sem possuir militância partidária orgânica.

Entretanto, embora confira independência enquanto estratégia eleitoral, as diretrizes que regem a candidatura cívica, conforme o estatuto e as resoluções nacionais preveem, também estabelecem vínculo programático com o partido. Tratam-se de alianças onde os candidatos assinam um termo de compromisso público com os princípios norteadores e inegociáveis da Rede, que são cláusulas pétreas, conforme se vê no Artigo 4º do Estatuto da Rede:

I – da pluralidade política;

II – da dignidade da pessoa humana;

III – da justiça social;

IV – defesa dos direitos das minorias;

V – do respeito à natureza e à vida em todas as suas formas de manifestação e da promoção e defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado;

VI – da função social da terra e dos conhecimentos tecnológicos e científicos;

VII – da função social da propriedade;

VIII – da solidariedade e da cooperação;

IX – respeito às convicções religiosas e à liberdade para professá-las;

X – da transparência, eficiência e eficácia na gestão pública;

XI – da impessoalidade e do interesse público;

XII – da legalidade;

XIII – do pleno respeito às diversidades, à coisa pública e ao bem comum; e,

XIV – na construção de consenso progressivo nas deliberações da REDE.

Ademais, especificamente sobre a Candidatura Cidadã, a Resolução Elo nº 09, de 2017 preceitua atuação coerente com os princípios e valores da sigla onde a militância orgânica não seja preterida, nem passada para trás.

“Queremos uma equação de soma positiva, uma corresponsabilidade entre militância orgânica e candidaturas cidadãs. Queremos candidaturas cidadãs que defendam causas coerentes aos nossos princípios, o que certamente se traduzirão por entusiasmo com nossas candidaturas partidárias. No caso das candidaturas cidadãs para cargos majoritários, a identidade programática e a afinidade com o projeto nacional e com as demais candidaturas majoritárias e proporcionais da REDE são essenciais. As candidaturas cidadãs proporcionais não podem manifestar críticas aos candidatos (as) da REDE nem apoiar candidatos(as) adversários(as), na forma da Lei”, diz trecho da Resolução.

Em entrevista ao programa Momento Metropolitano, exibida no Facebook e que foi ao ar no dia 29 de Agosto, o capitão Styvenson violou flagrantemente a Resolução Elo nº 09, de 2017 ao ressaltar seu descompromisso programático com os candidatos orgânicos da REDE. Postura que adotou logo após a convenção partidária da Rede e que se acentuou nas últimas semanas.

No programa, o militar afirma que sua candidatura é isolada e que recebeu (SIC) liberdade para não subir em palanque, não dar apoio e nem falar em nome de político. “Político que aparecer ai falando que tá comigo é mentira, viu? Eu não tô com ninguém, eu tô só”.

Ainda na entrevista, o capitão afirma que essa liberdade teve um preço e que ele foi alto: recusou dinheiro público, horário eleitoral na TV e estrutura partidária.

Sobre propaganda eleitoral na TV e Rádio, a executiva da Rede externa que, mesmo isso não tendo sido tratado nas discussões iniciais, destinou 50% do tempo que dispunha para o capitão Styvenson. A outra metade foi reservada para o sindicalista Napoleão, candidato orgânico do partido ao senado.

A assessoria do militar sugeriu o horário integral, deixando de fora o candidato orgânico do partido, o sindicalista Napoleão, por ter, segundo eles, menos expressividade eleitoral. A Rede manteve a oferta de metade do tempo para ambos, de forma igualitária, como procede em todas as suas questões internas e externas.

Outro ponto importante é que a Rede não disponibilizou nem estrutura nem recursos partidários para nenhum dos seus candidatos majoritários até agora, uma vez que tais verbas ainda não foram disponibilizadas pela executiva nacional. Portanto, não foram sequer oferecidas tais condições.

Cabe salientar que, em tempos sombrios em que conquistas sociais e a democracia estão em risco, a Rede Sustentabilidade não abre mão de discursos e práticas políticas que estejam alinhados com os ideais partidários, com a figura de Marina Silva – pessoa ética, sem qualquer envolvimento com escândalos de corrupção – e com os candidatos majoritários do partido: Freitas Júnior, candidato ao governo, Flávio Rebouças, candidato a vice-governador e Napoleão, candidato ao Senado.

Desse modo, a Rede Sustentabilidade repudia a deturpação da candidatura cidadã feita pelo militar, assim como sua omissão no que tange à gestão do governo de Robinson Faria. 

Sobre ética, reitere-se que a Rede é o único partido que acolhe e apoia incondicionalmente a Lei da Ficha-Limpa. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é o partido que mais combate a corrupção no Brasil. Por sinal, é o único partido que exige que todos os seus filiados estejam enquadrados nas hipóteses da Lei de Ficha Limpa.

Credibilidade que o capitão Styvenson pôde atestar: após o ingresso dele na Rede, passou a liderar as pesquisas.

Considerando todos os princípios que norteiam a Rede, é incompatível qualquer candidatura, orgânica ou cidadã, que mantenha alinhamento duvidoso com posições políticas conflitantes. Seja com o personalismo, com o apoio ao governo do Estado, com oligarquias estabelecidas, com práticas que a Rede condena ou com a própria identidade política.  

Desse modo, toda e qualquer candidatura dentro do partido precisa coadunar com o que foi exposto nesta carta, sob risco de ter a sua manutenção desabonada.

Cumpriremos o que foi acordado em todas as nossas discussões e esperamos que tais pontos expostos anteriormente também sejam respeitados.

Por último, é importante que se diga que, antes de qualquer vitória eleitoral ou cálculo eleitoreiro, a Rede prioriza sua identidade programática, protagonismo social e construções coletivas, fortalecendo nossas lutas por um Rio Grande do Norte e um Brasil justo e sustentável.

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FIERN/Certus mostra Fátima e Lula liderando e Senado indefinido

A terceira pesquisa FIERN/Certus “Retratos da Sociedade Potiguar 2018”, realizada de 24 a 27 de agosto, nas oito regiões do Estado, apresenta uma radiografia do momento eleitoral para o governo do estado e Presidente da República já delineada nas duas pesquisas anteriores: a senadora Fátima Bezerra lidera para o Governo do Estado e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva para a Presidência da República.

 

Para o Senado, na estimulada, com base na metodologia de apuração do TSE (voto 1 + voto 2), quatro candidatos — Capitão Styvenson (10,85%), Garibaldi Filho (10,39%), Zenaide Maia (8,48%) e Geraldo Melo (7,41%) — estão tecnicamente empatados na liderança. Jácome aparece com 3,65%; Magnólia, 1,67%; Alexandre Motta, 1,49%; e Ana Célia, 1,17%. A rejeição dos que concorrem ao Senado ficou assim: Garibaldi Filho, 15,49%; Geraldo Melo, 11,39%; Jácome, 4,39%; Alexandre Motta, 3,5%; Napoleão, 3,15%; Zenaide, 2,91%, Ana Célia, 1,96% e Capitão Styvenson, 1,72%. Rejeitam todos, 21,19%; e Rejeita nenhum, 23,09%.

Para o Governo do Estado, na pergunta estimulada, Fátima Bezerra aparece na pesquisa com 32,84%. Em seguida, vem o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo, com 15,74%; o governador Robinson Faria, 8,37%; Brenno Queiroga, 1,56%; Professor Carlos Alberto, 1,06%; Dario Barbosa e Freitas Júnior, cada um com 0,57%; e Heró Bezerra, 0,07%. Juntos, os sete somam 27,94%. “Nenhum” aparece com 29,08%; e “Não sabe” (brancos e nulos), com 9,86%.

Na pergunta espontânea (sem citar nomes), Fátima Bezerra também lidera, com 16,88%. Depois, vem Carlos Eduardo, com 7,16%; Robinson Faria, 3,83%; Brenno Queiroga, 0,57%; Professor Carlos Alberto, 0,35%; Freitas Júnior, 0,21%; Dario Barbosa, 0,14%. “Nenhum” tem 28,01% e “Não sabe” 42,34%. Os seis candidatos, neste cenário, somam 12,26%.

 

A pesquisa aferiu a rejeição dos candidatos ao governo. Robinson Faria, com 36,05% lidera. Seguido por Carlos Eduardo, 10,17%; Fátima Bezerra, 9,79%; Dario Barbosa, 2,54%; Brenno Queiroga, 1,59%; Heró Bezerra, 1,34%; Freitas Júnior, 0,95%.

 

Na possibilidade de um segundo turno, a candidata Fátima Bezerra bate todos os demais postulantes ao Governo do Estado. Contra Carlos Eduardo, ela teria 45,39%, contra 26,17% do ex-prefeito de Natal; e 52,62% contra o governador Robinson Faria, que alcança 12,98%. Em um segundo turno entre Carlos e Robinson, o primeiro teria 43,97% e o segundo 14,40%.


CENÁRIOS COM LULA, SEM LULA E REJEIÇÃO

 

Na eleição presidencial dois cenários, na estimulada, foram colocados para o eleitor: com e sem Lula. Com a participação do ex-presidente os números mostram o seguinte quadro: Lula, 50,21%; Jair Bolsonaro, 13,62%; Ciro Gomes, 4,61%; Marina Silva, 3,12%; Geraldo Alckmin, 1,56%; Álvaro Dias, 1,13%. “Nenhum”, 18,09% e “Não sabe”, 6,10%.

 

No cenário sem o ex-presidente Lula na disputa, o quadro é o seguinte: Bolsonaro, 15,25%; Fernando Haddad, 11,49%; Ciro, 10,28%; Marina, 8,44%; Alckmin, 2,91%; Álvaro, 2,34%. “Nenhum” 35,67% e “Não sabe”, 11,21%.

 

Entre os presidenciáveis, a maior rejeição é a do deputado Jair Bolsonaro, com 26,66% (30,74% entre as mulheres e 22,19% entre os homens). Na sequência vem Lula, 11,30% (8,78% no sexo feminino e 14,06% no sexo masculino); Marina, 7,12%; Alckmin, 6,59%; Ciro, 4,65%; Henrique Meirelles, 3,83%; Álvaro Dias, 2,53%. “Rejeita todos”, 14,95%; “Rejeita nenhum”, 13,54%.

 

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os números: RN-06196/2018 e BR-07862/2018. Foram realizadas 1.410 entrevistas domiciliares entre os dias 24 e 27 de agosto de 2018. Público investigado: eleitores maiores de 16 anos residentes nas oito regiões do estado do Rio Grande do Norte. Margem de erro: 3,0% para mais ou para menos.

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