

Categoria dá ultimato a governo
Foto: Demis Roussos
Associações de militares lançaram nota conjunta nesta sexta-feira (17) mantendo a paralisação marcada para o dia 7 de setembro, caso o governo Robinson Faria (PSD) não conclua o pagamento do 13º salário de 2017 a todos os servidores da ativa, pensionistas e aposentados.
Com o pagamento efetuado hoje aos servidores que recebem entre R$ 3 e R$ 4 mil reais, 81% dos militares receberam o 13º salário de 2017. O restante, ainda não tem previsão.
Em nota, as associações repudiaram a forma segmentada de pagamento.
“Nós, policiais e bombeiros militares, que recebemos o pior salário do sistema de Segurança Pública do RN, repudiamos o anúncio do Governo do Estado de pagar o décimo terceiro salário referente a 2017 de forma segmentada. Entendemos que essa é mais uma tentativa do Governo de frustrar a mobilização da nossa categoria, que reivindica a quitação do 13° salário a que todos temos direito, de uma única vez, para ativa, reserva e pensionistas”.
E avisou: “Nossa categoria está unida, portanto, caso o décimo terceiro de 2017 não seja pago integralmente a todos os militares estaduais, da ativa, reserva e pensionistas, até o próximo dia 06, nossa mobilização continua mantida para o dia 7 de setembro, conforme definido em assembleia”.
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Candidatos ao Governo do RN
Foto: Montagem/Reprodução Intertv
O primeiro debate entorno das eleições gerais mais rápidas desde a redemocratização foi marcada no Rio Grande do Norte por trocas de farpas ácidas entre os governadoráveis, mas também pela ausência de propostas efetivas para tirar o sofrido estado potiguar dessa letargia.
O tema segurança pública deu o tom de praticamente todo o debate. Afinal, é a temática que mais preocupa hoje os potiguares. O estado, segundo o Fórum de Segurança Pública, é o mais violento do país, proporcionalmente. Porém, pontos importantes deixaram de ser debatidos. Por exemplo: Como resolver o déficit de mais de cinco mil policiais militares e de mais três mil policiais civis? O estado tem condições de diminuir essa deficiência? Como diminuir os números de homicídios? Que plano será usado?
Na questão da folha de pagamento dos servidores públicos estaduais, os candidatos também deixaram a desejar. Como garantir a folha em dia a 100% dos servidores? Será possível logo no primeiro mês de governo? Só para se ter uma ideia, segundo o próprio governo, o déficit na folha anual é de R$ 1,2 bilhão. Somado-se a isso, há categorias que reivindicam de maneira justa reajuste salarial, como a saúde, que não tem correção há 10 anos. O que fazer? Mais especialmente: como fazer? É possível que os servidores estaduais voltem a ter um calendário de pagamento?
Ainda acrescente aí o fato de que desde 2014 o estado não tem condições de pagar a folha salarial dentro do mês trabalhado, mantendo a atual estrutura. Quando pagou, fez de maneira paliativa. ou através de recursos federais, ou usando o agora falido Fundo Previdenciário.
Deixaram a desejar ainda em temas como geração de empregos, turismo, infraestrutura. Ah, as propostas para o interior também foram pouco, ou quase nada, mencionadas.
As alfinetadas ácidas são normais. Cada qual quer marcar posição neste momento importante do processo eleitoral. O problema e o desafio de todos os candidatos não são só dizer o que fazer, mas mostrar como fazer em um estado que passa por uma séria e profunda crise econômica, fiscal e social.
A gente espera mais dos nossos candidatos.
Leia mais: O desafio dos candidatos ao Governo do RN
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