Nesta semana, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) alcançou sua 12ª patente com o produto “Filmes biodegradáveis à base de quitosana, incorporados com nanopartículas de óxido de grafeno e cera de abelha”, uma inovação voltada para a preservação de alimentos.
Segundo a professora Edna Arocha, da Ufersa, a novidade é que o produto pode ser aplicado como cobertura ou usado na produção de sacolas biodegradáveis, destinadas à conservação de frutas e hortaliças.
A patente é resultado do projeto “Qualidade e conservação de produtos agrícolas: impacto do manejo agronômico (déficit hídrico e salinidade) e embalagem biopolimérica”, financiado pelo CNPq, sob a coordenação da professora Edna Arocha, juntamente com o projeto “Biopolímeros, ambiente e sociedade”, coordenado pelo professor Ricardo Leite. Ambos são registrados no Diretório do CNPq “Inovação e Tecnologia de Qualidade de Alimentos do Semiárido Tropical”.
“Essa inovação oferece uma solução eficiente e sustentável para exportadores de frutas da região semiárida, onde os resíduos plásticos de embalagens sintéticas representam um grande desafio”, explica a professora Edna Arocha, ressaltando a importância do invento. O filme biopolimérico se destaca por ser uma alternativa ecológica, já que é produzido com materiais naturais e se degrada rapidamente, sem causar danos ao ecossistema, que atualmente sofre com a contaminação por micro e nanoplásticos.
A pesquisa também faz parte da tese de doutorado de Wedson Aleff. As propriedades dos filmes de quitosana, como permeabilidade ao vapor d’água e solubilidade, foram aprimoradas com a incorporação de óxido de grafeno e cera de abelha. Além disso, Wedson Aleff e o bolsista de Iniciação Científica Arthur Lira de Sousa testaram a aplicação dos filmes em frutos de maracujá, obtendo maior vida útil do produto em comparação ao controle.
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