Do Blog Carlos Santos
Segundo informações do G1 RN e o portal Novo, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público Eleitoral (MPE) passam a investigar discurso da deputada federal e médica Carla Dickson (União Brasil) em evento “Médicos pelo Brasil em prol de Bolsonaro”, que aconteceu no domingo (23), na Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN), em Natal.
No evento, a deputada pregou que seus colegas médicos deveriam pedir votos, entregar santinhos e escreverem ’22’ em receitas aos pacientes, num momento de fragilização deles e de familiares.
– Furem a bolha, pelo amor de Deus. Peguem o paciente de vocês (…). Entregue o santinho do 22, bote 22 abraços para ele na receita – aconselhou a deputada federal bolsonarista, acrescentando um sorriso sarcástico.
No Artigo 40 do Código de Ética Médica, é muito claro que a médica-parlamentar se excedeu.
É vedado o comportamento prescrito por ela: “Aproveitar-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou de qualquer outra natureza (…).”
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do RN (CREMERN) afirmou que “não pré-julga pessoas ou instituições pelos seus atos, até porque os procedimentos internos deste Conselho possuem caráter sigiloso, nos termos da legislação vigente”.
Dezenas de médicos e o prefeito natalense Álvaro dias (PSDB), que também é médico, compareceram ao encontro político na entidade.
Carla Dickson é oftalmologista e esposa do também médico e deputado estadual Albert Dickson (PSDB).
Os dois não se reelegeram em 2 de outubro.
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