Transporte público de Mossoró pode entrar em colapso

Cidade do Sol pede providências para não parar de circular
Foto: crédito não identificado

O transporte coletivo em Mossoró pede socorro. As restrições do coronavírus agravaram a crise do segmento, que pode entrar em colapso na cidade ainda este mês. O alerta é da Cidade do Sol, concessionária do serviço e cuja receita desabou 90% desde o início da pandemia, que reduziu de forma abrupta o total de passageiros e o faturamento no setor.
Desde a paralisação de aulas e limitação a circulação de pessoas em Mossoró, há duas semanas, o setor busca se adequar à queda da demanda, ao adaptar linhas, horários e outras medidas. A situação, no entanto, está se tornando insustentável. O transporte coletivo precisa ser socorrido com urgência para evitar paralisação, adverte a Cidade do Sol.
A despesa com combustível, salários e insumos só aumenta, mas a tarifa (R$ 3,30), continua inalterada há dois anos, e não há passageiro pagante em quantidade suficiente para equilibrar o serviço de ônibus. Apesar dessas e outras adversidades, a Cidade do Sol ressalta que continua em circulação e se esforçando para manter em dia seus compromissos. Contudo, o salário de março dos motoristas, fiscais, mecânicos e outros colaboradores, com vencimento nesta segunda-feira (6), está ameaçado. 

Providências

Como o fluxo de passageiros não reage, e nem há previsão de melhora, o setor necessita de auxílio financeiro e redução de impostos para evitar o colapso. Na esfera municipal, segundo a Cidade do Sol, esse suporte pode ser materializado através da isenção de Imposto Sobre Serviços (ISS), que já recebeu parecer favorável da Secretaria Municipal de Tributação.

O setor também defende revisão do subsídio público sobre a gratuidade parcial da tarifa para estudante e instituição de subsídio municipal para idoso, haja vista a grande quantidade de idosos/usuários de baixa renda no serviço; criação de vale transporte para servidor público municipal, como em outros municípios Brasil afora. 

Em nível estadual, o transporte coletivo pleiteia a isenção de ICMS sobre o combustível para transporte de passageiros, como em outros Estados. E, no âmbito federal, propõe medidas imediatas para manter a operação mínima, como criação do Programa Transporte Social, que consiste no aporte mensal de R$ 2,5 bilhões para a aquisição de créditos eletrônicos de passagens, enquanto perdurar a crise do covid-19. 

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Saulo Vale

É formado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela UERN. Apresentador do Jornal da Tarde, Rádio Rural de Mossoró, e do Enfoque Político, Super TV. É também correspondente de política das rádios da capital e do interior, como 97 FM de Natal, 91 FM de Natal e Rádio Cabugi do Seridó.

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