O mês de maio chegou e, pasme, os principais partidos e lideranças da oposição não definiram nada sobre candidatura à Prefeitura de Mossoró.
A ex-prefeita Rosalba Ciarlini (Progressistas) não sabe se vai ser candidata. Nome mais forte hoje da oposição – conforme esse espaço antecipou e as pesquisas atestaram – a Rosa tem receio de ir para a disputa. Mesmo que ainda seja uma liderança forte, com currículo político invejável, não é mais imbatível. Pesquisas recentes apontaram sua desidratação na disputa.
Outro quadro emblemático é o PT da deputada estadual Isolda Dantas. Até aqui tem priorizado a disputa proporcional. Dá para entender. Nessa, o partido, ou melhor a federação PCdoB, PT e PV, tem uma boa expectativa de ampliar sua representação na Câmara. Tem francas condições de fazer isso. Já para a Prefeitura, o cálculo é: lançar Isolda, com margem tão pequena nas pesquisas e líder em rejeição, ou preservá-la para um voo maior em 2026? Se não for Isolda candidata, para onde vai o PT em 2024? Nem a sigla sabe, ainda que estejamos a menos de três meses do início das convenções partidárias.
Tem ainda o PL. Lançou o ex-vereador Genivan Vale. Nome que até agora não decolou nada. Há receio de que continue nesse marasmo eleitoral. Ninguém se admire se o partido bolsonarista enxotá-lo da cabeça de chapa e fizer uma nova aposta eleitoral.
O retardo da oposição tem tudo a ver com o desempenho administrativo e político do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil). Segue com alta aprovação, rejeição pequena.
Afinal, alguém tem dúvidas de que se tivesse com grande desgaste, estaríamos com diversos candidatos oposicionistas na rua?
Esse cenário indefinido é incomum e vexatório, para um ano eleitoral. Escancara ainda desarticulação dos oposicionisitas.
Vamos lá, gente.
O tempo tá se passando.
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