O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) convocou nesta segunda-feira uma reunião extraordinária para amanhã (27), às 14h.
Na pauta, apreciação e deliberação sobre solicitação de destituição da reitora Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira, nos termos do art. 61 do Regimento Geral da Ufersa.
Encontro vai acontecer de forma híbrida.
O pedido de destituição a ser avaliado foi feito pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pela Associação dos Docentes da Ufersa (Adufersa), após a reitora, acusada de plágio, perder o título de doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Caminhos
A tendência é de que a reunião desta terça-feira oficialize uma comissão formada por cinco professores doutores, um estudante e um técnico administrativo.
Esse grupo terá 30 dias para elaborar um relatório com apontamento sobre o que deve acontecer com uma reitora que perdeu o título de doutorado.
Após a entrega desse material, o Consuni volta a se reunir para averiguar e votar o relatório.
Se o colegiado votar pela destituição da Reitora, a decisão é encaminhada para o Ministério da Educação (MEC), com solicitação de empossar o professor doutor mais antigo da Ufersa, como prevê o Regimento Geral.
Após esse encaminhamento, deve começar os trâmites de novas eleições na instituição, para os cargos de reitor e de vice-reitor.
Entenda
Ludimilla teve o título cassado no início deste mês de junho pela UFRN, após a universidade aceitar uma denúncia, feita em 2020, de plágio em 44% de sua tese.
Na Ufersa, só pode ser Reitor quem tem doutorado ou quem esteja nos dois níveis mais elevados da carreira.
Ela tentou derrubar a cassação de seu título nas esferas administrativa (na UFRN) e judiciária (na Justiça Federal do RN).
Perdeu nas duas.
Entretanto, Ludimilla ainda deve recorrer em instâncias superiores, como o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com sede em Recife.
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