Por Philipe Villeneuve, padre
★ 27/08/1996
† 02/04/2024
Tenho refletido muito sobre o amor, não como sentimento, mas sim compromisso com as pessoas, com a vida, com o vínculo de humanidade que temos.
E me preocupo que, no Cristianismo, o amor, mandamento primário e essencial, passe a ser barganha de salvação. Sim, alguns fazem qualquer gesto amoroso pensando naquilo que receberão em troca.
As relações são utilitaristas: usamos os outros para aquilo que queremos obter e ainda buscamos impressionar Deus, achando, nós, que Ele irá ver o externo, não o coração.

Amar não deveria ser moeda de troca, mas sim uma pulsão de vida, uma naturalidade do coração. Amamos porque é bom amar, nos faz bem, faz-nos mais humanos, sentimo-nos mais na essência do que somos.
“Padre, devemos amar para alcançar o céu”. A eternidade não precisa de amor interesseiro, para lá vão os que amaram com gratuidade de coração.
Jesus nos mandou amar como Ele amou. Ora, Ele não morreu para ganhar algo. Sua entrega é um gesto de amor gratuito e desprendido.
E basta.
Texto publicado em 10 de março de 2024, no Instagram de Philipe Villeneuve.
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