Foto: Joana Lima

Águas do São Francisco chegam ao RN e garantem segurança hídrica em áreas vulneráveis

Pela primeira vez desde que os açudes Itans e Gargalheiras foram construídos, há mais de 60 anos, uma série de ações governamentais avança para garantir o abastecimento de água de 22 municípios do Rio Grande do Norte, localizados no Seridó e na região da Serra de Santana.

Em dia histórico para a segurança hídrica das duas regiões, as águas da transposição do projeto São Francisco chegaram na quarta-feira (13) ao território potiguar e seguiram caminho em direção a Jardim de Piranhas. Daqui, elas seguem pelo leito do Rio Piranhas/Açu para as barragens Oiticica e Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves.

No primeiro momento, a água será usada para reforçar o abastecimento das cidades servidas pela adutora Manoel Torres: Caicó, Timbaúba dos Batistas, São Fernando e Jardim de Piranhas. Mais adiante vai ser distribuída para Currais Novos, Florânia, Cruzeta, Acari e São Vicente. Quando todas as adutoras do Projeto Seridó estiverem operando, a cobertura vai atingir todos os municípios da região.

Oficialmente, as águas da transposição chegaram ao Rio Grande do Norte às 23h53 do dia 13 de agosto de 2025, segundo registro do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que monitora o trajeto, quilômetro a quilômetro, desde a abertura das comportas do açude São Gonçalo, em Sousa/PB.

O momento histórico foi saudado nesta quinta-feira (14) pelos técnicos da área de recursos hídricos dos governos Estadual e Federal.

Na próxima terça-feira (19), a governadora Fátima Bezerra (PT) recebe o Ministro de Estado da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em Jardim de Piranhas.

 

Os dois vão ao ponto de captação de água usado pela Caern — trecho no rio Piranhas/Açu conhecido como “Sacaria” —, e onde a Companhia mantém uma estação de bombeamento que leva água para vários municípios da região através da adutora Manoel Torres.

Escudo protetor

O uso de água do Projeto de Integração do São Francisco (PISF), como escudo protetor de garantia hídrica, faz parte de um grupo de ações governamentais, juntamente com a construção de adutoras e de um reservatório de grande porte (Oiticica), para atender às demandas de consumo humano e desenvolvimento sustentável da região de maior vulnerabilidade hídrica do Estado.

Essas ações ganham relevância diante da constatação de que as mudanças climáticas estão tornando mais frequentes e intensas as secas no Semiárido nordestino. De acordo com dados de monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), o Rio Grande do Norte teve 10 anos de seca em duas décadas e meia do Século 21.

Os 24 municípios que serão atendidos inicialmente pelas adutoras do Projeto Seridó têm hoje cerca de 290 mil habitantes e um total de 101 mil domicílios particulares, segundo dados do IBGE.

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Saulo Vale

É formado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela UERN. Apresentador do Jornal da Tarde, Rádio Rural de Mossoró, e do Enfoque Político, Super TV. É também correspondente de política das rádios da capital e do interior, como 97 FM de Natal, 91 FM de Natal e Rádio Cabugi do Seridó.

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