A reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) Ludimilla de Oliveira fez um post neste domingo (14) me acusando de ‘cair no ridículo’, em resposta à reportagem “Inconformada com 2° lugar, reitora diz que vai levar eleição da Ufersa à Polícia Federal”, publicada neste espaço.
A reportagem tem como base ofício assinado pela reitora, endereçado ao Conselho Universitário (Consuni), dando conhecimento sobre denúncias de irregularidades na consulta informal para a reitoria da instituição. Entre as medidas anunciadas por Ludimilla, está o envio das denúncias para investigação pela PF.
O estranhamento que apontamos na reportagem é o mesmo de grande parte da comunidade acadêmica, ao ver a reitora e candidata que ficou em segundo lugar na consulta decidir em um processo em que ela é parte interessada, sem acionar o pleno do Consuni para deliberar sobre a questão.
Destaque-se que, provocada das respostas sobre as denúncias, a Superintendência de Tecnologia, Informação e Comunicação (Sutic) da Ufersa emitiu parecer atestando que:
1) Não há como afirmar que houve o voto sugerido na manifestação;
2) Não há registro dos alegados relatórios afirmados na manifestação;
3) A matrícula realizada de forma atípica não impactou o resultado final da Consulta;
4) O sistema pode ser auditado a qualquer momento, por qualquer pessoa.
Assim, estranha que a reitora e candidata que ficou em segundo lugar na consulta tenha decidido sozinha por uma apuração externa – sem a anuência de integrantes do Consuni ou da Comissão Eleitoral – e mesmo após apuração realizada pelo Sutic.
Com um histórico de turbulências políticas oriundas da forma como a escolha da reitora ocorreu, a comunidade acadêmica aguarda dias tranquilos.
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